terça-feira, 29 de novembro de 2011

ELE FOI ENVIADO

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês... Gálatas 4:4-6.


Isto é o que Natal nos anuncia desde os primórdios: Deus enviou Seu Filho, para nascer como homem de homens, e remir os homens (humanidade) de Deus. O verbo enviar compreende uma vastidão de significados, desde a renúncia do Pai, à do Filho, e toda a extensão que o deslocamento de naturezas implicou: divino vertendo-se em humano, esvaindo-Se em forma e glória, para facultar ao humano perceber a essência do Divino. E enviar implicou também em deslocamento de amplidões que vão além de espaço geográfico, mas que traduzem desnivelamentos, entenebrecimentos, porque a Luz teria de, permanecendo Luz, adentrar-Se em densas trevas para resplandecer. A esse adentrar-se em trevas, Paulo chamou de descer quando afirmou em Efésios 4:9: Que significa “ele subiu”, senão que também havia descido às profundezas da terra? E atentando ao critério da versão NVI: à terra. Para nós, temporais, terrenos e finitos, isto impõe a idéia de deslocamento espacial, embora a razão sustente o inverso, dando lugar ao talvez.

Mas o que temos é que houve um enviar, que representou um deslocar, um sair, um vir, um deixar o espaço e a glória, a ponto de tempos depois o Cristo encarnado, na forma de homem adulto dizer, saudosista: ...agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse ( João 17:5).

E então Ele de fato veio, e habitou entre nós. Foi enviado para ser achado, recebido, crido, honrado, obedecidE os que O receberam, experimentaram um segundo envio. Paulo disse: Porque são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês. Aleluia! Eis Ele enviando outra vez!

Enviou e enviou! Isto é Natal.

Chamamos de Natal o resultado dos envios de Deus. Creio firmemente que é assim que figura para Ele. A memória desse Dia, é a memória do envio. E isto compreende: envio e recepção. Sabemos como as coisas se processaram e se processam ainda hoje. Penso, inevitavelmente, que o primeiro envio implica nesse segundo que vai além de um tempo na história. Repete-se sem cessar, até o final dos tempos.

Louvo o Seu Nome pelo primeiro envio. E louvo Seu Nome pelo segundo envio, que me habilita a poder hoje ter por que louvá-Lo. E louvo Seu Nome porque aguardo o terceiro e último envio: Ele virá outra vez!
DEZEMBRO DE 2010

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