terça-feira, 9 de junho de 2015

QUANDO OLHO OS TEUS CÉUS


Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste...- Salmo 8:3.

Devemos olhar os céus? Algumas vezes olhamos o infinito azul a que chamamos céu; e há alguns que páram para contemplá-lo a olho nú. De alguma maneira, quando menos embrutecidos, nalgum dia levantamos nossos olhos para o céu e o contemplamos. À noite, em regiões interioranas, menos poluídas pelos refletores luminosos, dificilmente resistimos o contemplar o céu estrelado. Mas quando o olhamos, o que buscamos? Especialmente se o vemos à luz do dia, como o espaço azul vazio, o que procuramos nele?
O ser humano é o único animal para quem o céu faz sentido. Isso faz parte de sua natureza racional e poética. Os outros seres, se o olham, é em busca de alimento alado ou se levantam a cabeça, não é para o céu que olham, mas para pontos elevados, em busca de alvo ou de apoio.
Se olhamos os céus, e então o plural se faz pertinente, o que temos lá?
Para o autor do do salmo 73:25, só Deus. Ele disse  ter seu Deus lá.
Temos alguma esperança lá? Alguém? Entes queridos? Pensamos nos que nos precederam na partida? Cremos que voltaremos a encontrá-los? Se tal esperança povoa nossa fé, temos mais razões para contemplar os céus.
Mas são os céus uma realidade pretendida? Uma necessidade existencial? Uma utopia religiosa ou uma certeza?

1- A Revelação de Deus em Sua Palavra nos afirma que é uma realidade. Jesus veio de lá:  pois descí dos céus, Ele afirmou (João 6:38).
2- É uma necessidade existencial. A vida terrena não pode acabar num vapor. Os investimentos de todo um sistema e da vida humana singular são a fundo perdido e ultrapassam em muito a própria história pessoal. Atravessam e afetam as histórias coletivas, gerações e civilizações posteriores, para serem tão transitórias e terminais.
3- Seria uma utopia religiosa? Então seríamos os mais miseráveis de todo os seres e não teríamos explicação consciente e plausível para a expectativa da alma humana quanto à eternidade: ...também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade... (Eclesiastes 3:11). É verdade que a grande maioria tenta sufocar e compensar esse anseio temporalmente, mas a esses se refere o apóstolo Paulo como sendo os que não têm esperança.
Talvez por beberem em fontes indevidas. Pouca gente se apercebe de que os céus nas religiões pagãs beira ao ridículo, enquanto na fé cristã ele é descrito com propriedade, racionalidade e é concebível ao entendimento e compreensão humanos.
4- O céu é uma certeza. Jesus a afirmou quando disse:  na casa de meu Pai há muitas moradas. Também o Espírito de Deus testifica conosco quanto a essa certeza de que a Bíblia fala com clareza.

O que temos aqui que nos move a olhar os céus?
Uma vida passageira, mas tão complexa que reclama continuidade;
Uma vida sofrível e apenas vagamente compensadora, que reclama, por conseguinte, satisfação ou compensação;
Uma contínua busca por completude;
Afora dores, frustrações que chegam à perplexidade. Tudo isso combinado nos impulsiona a olhar os céus ou pensar neles.

E o que podemos ver ali?
Temos visões espirituais, via a Promessa divina: A nossa cidade está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo - (Filipenses 3:20); Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou- (Apocalipse 21:1-4); Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações. Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão. Eles verão a sua face, e o seu nome estará em suas testas. Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia, nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre - (Apocalipse 22:1-5).
O céu é o superlativo ou coroação da existência humana na terra, pois é a eterna habitação com Cristo, o Cordeiro de Deus.
É esperança certa e segura. Os salmistas decantam-no: Os céus louvam as Tuas maravilhas, Senhor, e a Tua fidelidade na assembléia dos santos. Pois quem nos céus poderá comparar-se ao Senhor? Quem dentre os seres celestiais assemelha-se ao Senhor? (Salmo 89:5,6); Os céus proclamam a Sua justiça...(Salmo 97:6); Os céus declaram a glória de Deus...(Salmo 19:1).
Paulo aludiu a ele: Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem- se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe- foi arrebatado ao Paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é lícito falar - (II Coríntios 12:2-4).
Jesus prometeu o céu aos que nEle crêem - Não se turbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. - (João 14:1-2); Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo - (João 17:24).

Nosso coração aguarda o céu, e isso sintomatiza que nascemos do Alto, conforme registra João 3:3.

Jesus garante o céu a todo o que nEle crê: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim não morrerá eternamente... -( João 11:25,26);  As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão - (João 10:27,28). Amem.


Pr. Cleber Alho.

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